Polícia Científica de Pernambuco adquire equipamento que identifica vestígios invisíveis de crimes
Tablet permite visualizar o local exato de manchas de sangue, sêmen, urina, saliva e outros vestígios em locais de crime
Tablet permite visualizar o local exato de manchas de sangue, sêmen, urina, saliva e outros vestígios em locais de crime
A Polícia Científica de Pernambuco recebeu, este mês, duas unidades do tablet forense multiespectral, equipamento de tecnologia turca que permite que vestígios ocultos a olho nu sejam rapidamente encontrados em locais de crime e em laboratório. O objetivo, segundo a corporação, é que tais rastros deixados por criminosos sejam identificados com mais agilidade e precisão.
O tablet permite visualizar o local exato de manchas de sangue, sêmen, urina, saliva e outros vestígios que não estejam visíveis a olho nu em locais de crime.
Na prática, destaca a Polícia Científica, será possível produzir provas materiais mais contundentes, que auxiliarão a Polícia Civil a apontar os autores de crimes com mais rapidez e segurança.
“No caso de um estupro, por exemplo, antes precisávamos coletar várias amostras em um lençol encontrado no local do crime, caso não houvesse manchas aparentes. Isso nos fazia gastar mais insumos para análise genética, que também são caros. Também não havia garantia de que iríamos encontrar o local exato do vestígio”, explica o diretor do Laboratório de Genética Forense de Pernambuco, Jeyzon Valeriano.
O gestor ainda pontua que "com o tablet multiespectral, conseguimos não só identificar exatamente esses vestígios biológicos, como fazemos isso gastando menos insumos. Nosso trabalho ganhou mais eficiência, resultando em provas que vão facilitar a condenação de criminosos pela Justiça".
Com o tablet forense multiespectral, é possível também fotografar e gravar em vídeo as evidências encontradas no local de crime ou em laboratório de perícia criminal.
O aparelho está equipado com um conjunto de lentes que emitem luzes de diferentes espectros, capazes de revelar diversos vestígios biológicos, inclusive em superfícies escuras.
Essa detecção facilita a coleta para análise de DNA e aperfeiçoa a análise de disparos de arma de fogo e outros elementos deixados na cena do crime.
Equipes do Instituto de Criminalística e do Laboratório de Genética Forense do Estado estão sendo treinadas para utilizar os aparelhos - 40 profissionais participam da capacitação do equipamento, que será usado pela primeira vez no Norte/Nordeste. Os aparelhos são fruto de um investimento de R$ 580 mil realizado por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública.
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